#11 - Empty Places
Descobri esse curta aleatoriamente em um festival francês online em 2020 e me apaixonei instantaneamente. Sempre que revejo é um experiência incrível e eu admirava o quão bem feito ele era, mas foi apenas agora, quando fui parar pra analisar cada detalhe dele pra escrever essa newsletter, que eu percebi coisas ainda mais maravilhosas sobre ele e mal posso esperar pra compartilhar com mais pessoas!!
Onde assistir: Youtube (link)
Duração: 8min
Ano: 2020
Diretor: Geoffroy de Crécy
NÃO CONTÉM SPOILERS!
Empty Places é um curta experimental com animações coloridas e minimalistas que, junto de uma belíssima trilha sonora, ilustram máquinas e ambientes de uma forma poética e melancólica.
Assim como o nome já diz, todos os ambientes do filme estão desprovidos de seres vivos. Como se do nada, em um instante, todos os seres tivessem sumido da face da Terra. Entretanto, todas as coisas continuam em movimento por inércia. Esses lugares estão todos abandonados, porém não parece ter sido muito tempo após a civilização sumir, mas, sim, momentos logo após isso ter acontecido. A sensação que passa é que o mundo continua a girar por inércia pela infinidade, como se nós não fossemos importantes para o universo, e que ele vai continuar existindo mesmo depois de nós não estarmos mais aqui. Junto das imagens, a música melancólica e nostálgica também induz o espectador a contemplar nossa existência e finitude.
Algo que ajuda a criar essa sensação de inércia é que o filme está cheio de loops. Além de iniciar com um vinil tocando a música que irá percorrer todo o filme e finalizar com a agulha voltando pro início do vinil, todas as cenas que aparecem estão sempre em constante movimento e loop. Todos os movimentos possuem a mesma velocidade e estão muito bem sincronizados com a música. Em alguns raros momentos, há sons produzidos pelos objetos que acompanham a música.
Os ambientes são todos inicialmente apresentados com planos detalhes (enquadramento com bastante zoom) em algum objeto do local, muitas vezes sem permitir que o espectador entenda que objeto ou local é aquele. Os ambientes são montados de forma intercalada, de forma que primeiro aparecem os planos detalhes de cada ambiente e aos poucos cada plano vai dando um zoom out e mudando de ângulo, revelando o restante do local e os objetos presentes.
Há um total de 13 ambientes que inicialmente aparecem nessa ordem:
Esses objetos e ambientes vão, então, sendo revelados aos poucos.
Acho esse curta fascinante e muito único e espero que eu tenha conseguido despertar o interesse de vocês para assistirem. Ele é super curtinho, por favor deem uma chance pra ele!
Ficaria muito feliz se vocês viessem falar comigo mais sobre, seja deixando comentários aqui ou me mandando dm no insta (luhgavillon)! Feedbacks sobre o que acharam da newsletter também são muito bem-vindos!
Se quiserem me seguir lá também, eu tenho um letterboxd onde posto resenhas com mais frequência e de filmes que nem sempre irei falar aqui (gavilu).
Deixem um like, compartilhem e não esqueçam de se inscrever pra receber notificações das próximas edições da newsletter!